DE QUE FORMA EU POSSO SERVI-LO?
Não existe uma fórmula única mesmo citando o tão conhecido texto (Teme a Deus e obedeça aos seus mandamentos porque foi para isso que fomos criados. Ec12.13), muitos temem a Deus de forma errada pois vivem queimando-lhe incensos, acendendo velas, mutilando-se, rasgando e destruindo suas vestes e vidas, não obstante esquecem de o amar como grande amigo, a exemplo de Abrão, que o amou e temeu.
O homem na sua simplicidade pode e deve ouvir a voz divina, deve afinar seus ouvidos e sintonizar com o seu criador deixando de lado as interferências e os barulhos desta vida, que continuamente tentam lhe abafar o som da voz divina, sufocando o seu contato.
Ao assumir a posição de autossuficiente, despreza a verdadeira aproximação com Deus e não se achega verdadeiramente da presença divina, porque esquece ou sente-se melhor em não ter que prestar contas com um ser supremo, pois melhor é ter como muitos dizem; a confiança de ser dono do seu nariz. Quando nos submetemos a vontade divina não deixamos de ser livres, mas assim como ao trafegar pelas estradas sabemos que em uma encruzilhada ou esquina devemos obedecer aos sinais de trânsito para que haja segurança para todos e sinistros não venham a suceder. Da mesma maneira devemos observar os sinais divinos, como as leis de trânsito, eles existem não para nos punir, mas para nos orientar. Somente somos punidos quando deixando de observa-los nos colocamos em posição de infratores.
Se conhecendo e mesmo assim optar por agir de forma indevida não sou inocente, estou me expondo e também automaticamente expondo outros às conseqüências que minhas decisões irão acarretar em prejuízo e catástrofe, ao bem pessoal, de outros, quando não, à vidas.
Ao tomar minha decisão ela sempre terá um resultado, pois toda ação tem uma reação e pela lógica, em algum momento o desfecho se dará, podendo tornar em uma verdadeira bola de neve que levará tudo o que encontrar pela frente, até explodir e se não cuidarmos saindo do caminho seremos por ela arrastados e mortalmente feridos.
COMO POSSO ESTAR FAZENDO A OBRA DE DEUS NO MEU COTIDIANO?
Vemos grandes personagens que fizeram grandes obras para Deus na sua trajetória sem nunca ter se dirigido a grandes multidões. O mensageiro que entrega uma carta de paz, para uma vida acorrentada aos tormentos do ódio e da amargura, conseguindo com isso realizar a tão sonhada paz e trazendo boas novas à vidas, geralmente não tem o seu nome registrado. A parteira que segura dezenas e centenas de crianças quando essas chegam a vida, não tem seu nome registrados no cartão do bebê, na certidão, ou até mesmo, pai e mãe geralmente não lhe perguntam o nome, ou já foram esquecidos a muito, mas muitas vezes sua presteza e agilidade somadas a eficiência, garantiram, ao mundo um famoso artista plástico, um grande estadista, um mestre nas letras ou um minucioso carpinteiro. Podendo anos mais tarde este recém-nascido, transforma-se em um famoso geriatra, que com habilidade e carinho auxiliará a bela anciã, a entrar em seu consultório, aliviando, com seus conhecimentos e dedicação as dores ou dificuldades, mas não sabem que já se encontraram e agora suas posições se inverteram. Lembre-se, fazer a obra de Deus não é ter o nome lembrado, mas a consciência satisfeita pela obra realizada.
Em meio as atividades diárias, fazer esta obra tão bem quanto os que dedicam o seu tempo integral, não tirando o mérito em hipótese alguma, de uma vida separada e totalmente dedicada ao serviço santo, é um dever. Mas, lembrando que todos os missionários e trabalhadores precisam comer, vestir, ter suas contas pagas etc.., você que trabalha horas a fio e leva suas ofertas, contribuições para este mantimento, está fazendo uma grande obra. Ao entrar em contato com a sociedade tão corrompida, suja e acostumada a falta de valores, ética, lhe transmite retidão e contrasta sua vida com as terríveis situações já mencionadas, verdadeiramente sua vida é equilibrada com a sua fé. Quando você assina um contrato o honra, quando empenha sua palavra a cumpre, quando inquerido responde com diligência, isto é de fato uma obrigação moral, mas infelizmente o desvio ético e moral é realmente acentuado nos nossos dias. Atitudes verdadeiras, que deveriam fazer parte da convivência social do ser humano, passam a ser fatos isolados, alardeados como algo incomum, por exemplo: devolver a carteira com todo o dinheiro, ou a bolsa cheia de dólares, valores, enfim atitudes de honestidade que tanto as leis, como nossos pais nos passaram, estas virtudes hoje são casos raros e a sociedade admira muito os que assim procedem.
Ouvi a triste história de um garoto, hoje um homem com mais de cinqüenta anos, honesto pai de família. Ele conta que a uns quarenta anos atrás quando garoto, era lavador de carros com outros colegas também de origem humilde. Certo dia um dos colegas encontrou uma bolsa com documentos e dinheiro ao lado de um carro, acharam o endereço e alguns disseram fica com o dinheiro, mas outros entrega, você vai fazer o certo e com certeza ganhará uma gorjeta.
La foi o garoto, convidou outro colega, tomaram um ônibus se dirigindo ao bairro nobre, chegando no tal endereço, encontraram o indivíduo que nem um muito obrigado disse aos garotos, mas lhes falou assim: – PARA VOCÊS DEIXAREM DE SER BURRO, NEM A PASSAGEM DO ÔNIBUS EU VOU PAGAR PARA VOCÊS. E agora que grande obra este mau caráter fez? O oposto por certo.
VOCÊ É CAPAZ DE SABER FAZER TODAS AS ESCOLHAS CERTAS?
Em muitos momentos erramos ou deixamos de fazer o que é certo em detrimento de posições, perdas ou ganhos, é nesta hora que pesa na balança a fidelidade, a dignidade, quando esta escolha trará uma perda ou esta possibilidade, é a certeza eminente.
Sem a menor sombra de dúvida, a escolha é aquela que de alguma maneira vai de encontro com a fé, a ética, a dignidade e o código moral. Tudo que for contrário aos bons princípios de ensinos deve ser rejeitado. Mas é quando esta escolha condiciona, a uma situação de subserviência, tolha a liberdade, coloca como mártir sem desejar ou nega direitos constitucionais em favor dos direitos da consciência e da fé, para que algo que não veja, mas confia, possa ser conquistado, neste momento a decisão é difícil. Somente um coração nobre iluminado pela fé, firmado na obediência à vontade do Eterno, vencerá o dilema.
O QUE FAZER
Esta pergunta talvez muitas vezes, povoaram as mentes de homens como Abraão, Moisés, Elias, Davi, Habacuque, Oséias, ou mulheres como Sara, Raquel, Abigail, Rute, Ester, Maria, etc…
Quando Deus pede o que parece impossível e desafia a capacidade dessa natureza tão frágil que é o ser humano, a compreender, quando o ato de perdoar já foi outorgado e novamente se vê em frente a novo delito e mesmo sem o causador lhe pedir perdão as circunstâncias e o Deus do perdão lhe diz perdoa.
Perdoar é fácil ao ser nascido de novo, amar é uma conseqüência de sua nova natureza, mas perdoar não apenas de boca, perdoar sem aquela história de passar o borrão e esquecer, perdoar, mas com atitude de serviço é outra situação. Perdoar e seguir caminho é uma condição, mas perdoar e ter que conviver todos os dias, momentos com o alvo do perdão e este mesmo indivíduo pisar sobre o perdão todos os dias e humilhar, maltratar, defraudar, vituperar, roubar, enganar, trair, causar dor, conviver com a ira e o ódio é outra situação.
COMO AGIR?
Certamente as respostas seriam diversas, mas cada uma será avaliada, sob suas perspectivas e é isto que faz a diferença, portanto para tentar avaliar as situações deveria de alguma forma as ter estudado ou vivido.
O estudar não leva aos picos que a experiência vivida, coloca o ser humano. A análise pode passar a pequena parcela de conhecimento, mas não faz com que a adrenalina suba ou desça da forma em que atua no corpo afetado. Então jamais as poderá entender na sua totalidade.
Já quem vive, recebe todas as forças negativas e positivas das alegrias e tristezas; o que pode fazer com que sua avaliação possa se perder, se ele não conseguir entender ou aceitar que está sendo provado, animado, estudado, pois eu e você somos cobaias neste mundo de alegrias e de dor. Tudo o que acontece de bom ou ruim serve de exemplo para outros.
ESTAMOS PREPARADOS PARA PASSAR BOAS INFORMAÇÕES? MESMO DEBAIXO DE FORTE TEMPESTADE?
Mês de fevereiro de 2006, uma sexta-feira muito quente, dirigi-me a uma igreja onde havia um grupo de mulheres de oração, eu era uma das responsáveis pelo bom andamento administrativo do grupo. Sai de casa com um questionamento, já havia orado e perguntado a Deus como agir, já havia pedido sabedoria, entendimento e acima de tudo ajuda quanto a minha fé, confiança e esperança. Eu me perguntava: Deus que devo fazer? Como esposa já gastei todos os meus recursos, como cristã os ensinos como servos a obediência, como nascida de novo o perdão, agora o que me resta? Vigiei, orei, jejuei olhei a situação e como elemento humano, vi um lar em pedaços. Senti-me em uma situação desconfortável ouvindo e vendo a revolta de meus filhos, vivendo a minha própria, me questionando, sobre a visão que meus filhos estavam tendo a meu respeito, como uma mulher fraca e mãe relapsa, por não tomar uma atitude digna em meio ao caos que nossas vidas estavam se tornando, me vi desprezada e o meu maior medo naquele momento e a pergunta era:
Meus filhos irão me desprezar? Eu me tornara não mais como uma referência, agora estavam vendo-me, como uma mulher fraca e por este motivo, vinham exigindo que eu pedisse o divórcio.
Naquele dia a luta interna era grande e somente eu e Deus conhecíamos a extensão da aflição. Mesmo assim sai do meu lar e me dirigi a reunião para cumprir as minhas obrigações com o grupo de mulheres. Pelo caminho eu ia me perguntando, “Deus faço tua obra, me envolvo com à palavra, o que dirão minhas companheiras, se de tudo o que vivi não me vier uma vitória?” A pergunta insistente era “mulher e o teu testemunho de fé o que foi feito da tua vitória? E os amigos, familiares, que viram e ouviram eu dizer, Deus é bom, Ele salva, cura e batiza, confie nele”.
Finalmente cheguei à igreja e me despojei dos meus cuidados para poder atender da melhor maneira possível a minha função. Quando começamos a reunião uma companheira falou-me assim: No final eu preciso lhe falar algo. Ao término, lhe indaguei do que se tratava, ao que ela me respondeu: Nesta manhã eu estava pensando na senhora, de alguns fatos ocorridos, e de repente eu à vi, trajando estas mesmas vestes que eu lhe vejo vestida agora e Deus me disse assim: Diga-lhe para não pedir o divórcio. Eu me lancei ao solo em adoração, pois já estávamos no pátio de areia, mas tamanha era a minha aflição e maior a minha gratidão, que me alegrei e fui tomada de poder, pois mais uma vez Deus descobriu os meus segredos e se inclinou para mim. Levantei-me com a ajuda das companheiras e a parte continuei ouvindo-a, e disse-me:_ Deus me mostrou que estás sendo colocada contra a parede e forçada a tomar uma decisão, mas Ele diz que grande é a tua vitória.